Por entender o Turismo o como impacto importante para o desenvolvimento de uma economia e posteriormente o desenvolvimento da comunidade de determinado destino turístico, percebe-se que ações devem ser tomadas de dentro para fora de tal comunidade. Através da análise de quais elementos identificam seus habitantes locais, é que se deve planejar as atividades turísticas que a localidade poderá desenvolver.
Assim, sendo o Turismo extremamente dependente da comunidade local e estando o turista cada vez mais interessado em buscar o novo, em trocar experiências, em encontrar o exótico ou mesmo familiar, essa atividade por mais contraditório que possa parecer precisa implantar ou conscientizar os valores formadores da comunidade receptora.
Neste primeiro contexto já podemos considerar que o destino deve contar com todos os membros desta comunidade, que vão desde os compostos da infraestrutura de meios de hospedagem, alimentação, atrativos turísticos e agências de viagem, até os profissionais como agentes de viagens e guias turísticos.
Mas quando consideramos a oferta da experiência turística aí temos que destacar a importância da comunidade local na qual muitas vezes é o que oferece as melhores experiências, com toda sua história, cultura e vivência.
No quadro abaixo falamos a respeito das diferenças entre o turismo tradicional e o turismo de experiência e montamos uma relação do papel da comunidade e do trade turístico em momento para gerar impacto junto ao turista.
Tabela 1 – Diferenças entre o turismo tradicional e o turismo de experiência
Turismo Tradicional | Turismo de Experiência |
Apresenta características funcionais | Tem foco na experiência do consumidor |
É orientado pelo produto e pela concorrência | É orientado para oferecer experiências de forma integral e exclusiva |
Entende que as decisões de consumo são racionais | O turista é visto como consumidor racional e emocional |
As ferramentas utilizadas são quantitativas e verbais | O turista é visto como consumidor racional e emocional |
Fonte: Sebrae (2015)
Agora colocamos essa relação entre o turismo tradicional e o de experiência junto ao papel da comunidade para que haja essa conversão.
Tabela 2 – O papel da comunidade na relação entre o turismo tradicional e o turismo de experiência
Turismo Tradicional | Papel da Comunidade | Turismo de Experiência |
Apresenta características funcionais | Identificar e transformar os potenciais atrativos do destino que podem gerar experiências | Tem foco na experiência do consumidor |
É orientado pelo produto e pela concorrência | Entender as expectativas e características do turista para que a experiência oferecida seja exclusiva | É orientado para oferecer experiências de forma integral e exclusiva |
Entende que as decisões de consumo são racionais | Apresentar e expor os atrativos de forma que gere impacto emocional voltada a experiência positiva | O turista é visto como consumidor racional e emocional |
As ferramentas utilizadas são quantitativas e verbais
|
Oferecer de forma otimizada, ágil e completa a
experiência |
O turista é visto como consumidor racional e emocional |
Fonte: adaptado pelo autor.
Avaliando essa nova relação sabemos que em cada momento para que haja este impacto da comunidade ao turismo de experiência, não é apenas o agente, a infraestrutura de hospedagem, o guia de turismo ou mesmo o morador realizando este papel de forma independente, mas sim deve-se alinhar a integração da comunidade e demais membros do trade turístico e uma das formas é através da cocriação para o bom entendimento das necessidades e expectativas do turista e assim oferecer a melhor experiência possível no destino visitado.
Referências:
- Turismo de Experiência, Sebrae (2015)
- Fabiana Machado Mendizabal, Revista Turismo – O Turismo Desenvolvido a Partir de suas Comunidades Locais – Novembro de 2004.
*Por: Jones Boeck